sábado, 9 de novembro de 2013

...10 COISAS QUE VOCÊ NÃO DEVE PERGUNTAR A UMA LÉSBICA

... Cá voltei novamente! até nem o login me lembrava mais :-( A falta de tempo não é justificação para ausência tão prolongada mas sim a preguiça que tive em escrever,em abrir o blog.  é verdade,estive desligada... Para não vos maçar muito vou-vos deixar com um texto que alguns pontos têm bastante piada!




10 COISAS QUE VOCÊ NÃO DEVE PERGUNTAR A UMA LÉSBICA

Estamos cansadas de responder perguntar idiotas
Assim como a poesia medieval alemã, lésbicas (e bissexuais, heteroflexíveis, pansexuais) frequentemente são mal entendidas. É claro que você já ouviu falar sobre elas em alguma aula de estudos sobre as mulheres, rapidamente num episódio de Grey’s Anatomy ou no corredor de gesso da Leroy Merlin, mas vivenciar o mundo lésbico em sua essência é algo raro. Quem são esses seres míticos? O que eles usam agora que os hipsters roubaram seu figurino? É verdade que as lésbicas juntam os trapos após o segundo encontro? Essas são algumas das questões que talvez martelem em sua cabeça. É verdade que aprendemos na escola que não há perguntas idiotas, mas às vezes nós cansamos de responder questões estúpidas que nos são endereçadas. Então você deveria evitar as seguintes observações se quiser se manter longe de discussões, olhos roxos ou de ser comparado a um homem das cavernas.
1. Quem é o homem da relação?
Ambas. As duas. Somente quando é preciso matar uma aranha. Na maioria dos casos a relação em questão envolve duas mulheres: é justamente o que as tornam lésbicas. Mesmo para um casal gay butch/femme (aquele em que está estabelecido a identidade dos gêneros) é ofensivo sugerir que a relação não tradicional está imitando uma relação tradicional, especialmente sob o paradigma rígido e ultrapassado em que o gênero masculino está inserido. Possível resposta: “Não sei. Quem é o homem na sua?”
2. Se você gosta de garotas, quer dizer que se sente atraída por si mesma?
Essa pergunta remonta aos tempos vitorianos, quando Freud postulava que a homossexualidade talvez tivesse raízes no narcisismo e naquilo que ele chamou de complexo de castração. Se essa teoria estivesse certa, não deveríamos estar nos masturbando fervorosamente em frente a um espelho enquanto ouvimos “You’re So Vain” de Carly Simon em vez de ir a encontros? Atração pelo mesmo sexo não é a mesma coisa que atração por si mesmo.
3. Como vocês transam?
Bem, primeiro nós fazemos uma oferenda às deusas. Depois nós caminhamos em sentido anti-horário em círculo em volta de uma tigela com sementes de linho enquanto recitamos cantos canônicos das garotas Indigo. Em algum momento da sétima volta nossas vaginas se fundem em uma espiritual e extática união. Por fim, nós tomamos chá e discutimos a reforma das prisões. O sexo lésbico tem confundido as pessoas desde a queda dos pepinos. Não temos a certeza do motivo, mas, honestamente, estamos cansadas de explicar a você como o ato sexual ocorre sem a ajuda de um vibrador de carne. Mas, ok, aqui vai novamente: as lésbicas se envolvem em todas as formas de atividades sexuais, inclusive as que utilizam mãos, brinquedos, bocas, pés, chicotes, algemas, comidas e um número sem conta de objetos que lembram vagamente um pênis e que podem ser usados para nosso prazer. Não é jogo de tabuleiro, ok? Não há uma única maneira ou um jeito certo para o sexo lésbico.
4. Como você sabe que é lésbica se nunca transou com um homem?
Como você sabe que é hétero se nunca teve um pinto em sua boca?
5. Vamos fazer um ménage?
Há uma suposição cultural generalizada sobre as mulheres não tradicionais, particularmente as bissexuais, de que, quando não estamos ocupadas destruindo a santidade de famílias nucleares, estamos apenas aguardando um convite para dar umazinha em trio. Não nos leve a mal, nós gostamos de um ménage, mas o endeusamento da atividade levou a uma porrada de estranhas propostas online e abordagens de bêbados. Isso tem crescido tristemente. Por favor, adquira um novo hobby, como restauração de móveis ou windsurfing. A não ser que a mulher em questão explicitamente exponha seus desejos, não tire nenhuma conclusão e, especialmente, não faça nada com sua língua.
6. Sério? Mas você é tão bonita.
Esse é um insulto disfarçado de elogio que sugere que as lésbicas são ogros que se tornaram gays apenas porque nenhum homem queria vê-las peladas. Também anula a possibilidade das lésbicas serem femininas, o que é ridículo. Diversas lésbicas são femininas — nós até temos uma palavra para isso: femme. E apesar de de vez em quando usarmos maquiagem, cabelos compridos e etc, nós continuamos sem querer dormir com você, especialmente após você dizer isso. Possível resposta: Portia de Rossi. Apesar de que, realmente, nem achamos que isso mereça uma resposta.
7. Se você se casar com um homem você deixa de ser bi, certo?
Estar numa relação heterossexual não nega sua identidade sexual e nem os parceiros que você teve pela vida. Se você ainda cobiça mulheres, então você é bi, independente se vai fazer experimentar lábios femininos novamente. Nós desejamos sinceramente que um dia deixemos de nos policiar sexualmente. A bissexualidade não é algo que você tem que provar.
8a. Você sente falta de pênis?
Nós temos um monte de pênis. Um deles até brilha no escuro.
9. Você apenas não conheceu o homem certo ainda.
Parentes desinformados esperando que ainda vamos surpreendê-los com alguns netos (e que por algum motivo igualam o lesbianismo com infertilidade) geralmente dizem isso. É altamente ofensivo, intrusivo, presunçoso e dá a entender que as mulheres não heterossexuais mudaram de time por conta das más experiências com homens. Isso não quer dizer que lésbicas ou mulheres bissexuais nunca foram feridas por um homem e que essas experiências negativas não tenham algum impacto em sua vida. Mas também não significa que a Ana vai mudar de time porque o Jorge só fala do futebol. Além disso, conhecemos muitas mulheres heterossexuais que nunca encontraram seu príncipe encantado. Conhecemos aproximadamente zero garotas que se tornaram gay espontaneamente porque cansaram de esperar o cara certo.
10. Eu queria ser lésbica. As coisas seriam bem melhores.
Certo. Exceto pelos crimes, pelos bullyings, pelos altos índices de suicídio, pelas discriminações no trabalho, pela alta possibilidade de ser surrada até a morte ou açoitada em alguns países, pelos estupros, pela depressão, pelo estigma, pela perseguição familiar, pelo fato de ter que abrir o jogo toda vez que conhece alguém, pela ameaça de ser desertada pelos seus entes queridos e por ter que lidar com as questões acima todos os dias de sua vida até a morte. Exceto por isso, é tudo ótimo! A Ellen DeGeneres tem um programa de TV, você sabe, então a gente não pode reclamar.
Anna Pulley, AlterNet

Sem comentários:

Enviar um comentário